A Fato Pesquisa dispõe de credencias para atuar em todo o Brasil na área socioeconômica e também na coordenação de:
O responsável técnico da Fato Pesquisa, Sociólogo Eduardo Antonio Audibert conta com formação acadêmica e larga experiência na execução de estudos e projetos, juntamente com muitos outros consultores e empresas parceiras com as quais vem atuando desde 1997.
O desenvolvimento das Ciências Sociais pode ser considerado recente comparativamente a outras disciplinas como a física, a biologia e a matemática. É recente, também, a aplicação de recursos cientificamente controlados para o conhecimento, análise e gestão de processos sociais.
As primeiras aplicações de metodologias de pesquisa social e de opinião, após a Segunda Guerra e o desenvolvimento das ferramentas estatísticas de amostragem, são as pesquisas de opinião pública, em especial em períodos eleitorais, e as pesquisas de mercado atendendo a modernas técnicas de gestão e marketing.
No Brasil, principalmente a partir dos anos 1970, com o desenvolvimento das mídias eletrônicas (rádio e TV), um grande número de instituições governamentais, não governamentais, empresas e outras organizações, passaram a realizar pesquisas voltadas ao conhecimento de seus públicos de interesse, objetivando o aperfeiçoamento de seu relacionamento e, principalmente, de sua comunicação com estes públicos.
O final do século XX veio acompanhado de grandes transformações sociais e econômicas em escala mundial, tais como a internacionalização dos mercados, a internet e os novos comportamentos que acompanham estas mudanças. Este cenário passou a exigir conhecimentos e abordagens novas para enfrentar questões sociais e econômicas as mais diversas, tais como a pobreza, a violência, o surgimento de novos grupos sociais, o aprofundamento da segmentação dos mercados, os conflitos rurais e urbanos, entre uma grande lista de temas.
Desenvolveu-se também uma ampla base pública de informações, produzida por instituições governamentais e outras, acessíveis pela internet, que disponibilizaram uma grande massa de dados a custo muito reduzido. Além disso muitas tecnologias de bancos de dados e georreferenciamento passaram a integrar e a multiplicar as aplicações das informações produzidas.
Questões e problemas sociais historicamente conhecidos como a pobreza, as diversas formas de discriminação social, as oportunidades e ameaças do crescimento da economia, entre outros, se mantiveram e se aprofundaram. A estes problemas, somaram-se tantos outros tais como transferências involuntárias de populações devido a empreendimentos, conflitos de uso de recursos econômicos e naturais, diversos tipos de problemas ambientais, a perda de patrimônio e diversidade cultural, a fragilidade dos mecanismos de construção e acumulação de capital social, exigências crescentes de qualificação da gestão do investimento público e privado, etc.
A Fato Pesquisa acompanha e participa desse processo desde sua fundação, em 1997, e antes disso, desde 1986, através de seu responsável técnico. A empresa conta atualmente com longa trajetória de trabalhos e estudos realizados, atestando sua produtividade e experiência. À sua atuação inicial com pesquisas de opinião pública e institucionais, se somou sua especialização, de forma pioneira, em estudos e projetos socioambientais.
A experiência adquirida ao longo dos anos permitiu a realização de trabalhos e projetos cada vez mais complexos e exigentes em termos de metodologias, capacidade de gestão de esquipes multidisciplinares e coordenação técnica e gerencial de projetos.
O que marca a trajetória da Fato Pesquisa é a atuação em diversas áreas, focando temas e perfis de público muito diversificados. Contudo, em comum entre todos estes campos de trabalho há o domínio do referencial teórico oriundo das Ciências Sociais e a utilização rigorosa de metodologias e procedimentos de pesquisa.
A Fato Pesquisa é membro da ABEP - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa e, nesta condição, segue as diretrizes de ética e qualidade estabelecidas nas Normas e Padrões de Qualidade ABEP e no Código de Conduta estabelecido pela Câmara Internacional de Comércio em conjunto com a Sociedade Europeia para Pesquisa de Opinião e Mercado (ICC/ESOMAR).
Opinião pública
As metodologias utilizadas são adequadas às especificidades de cada projeto e, quando for o caso, possibilitando também a integração de diferentes metodologias. Na pesquisa socioeconômica não há “receita de bolo” metodológica que sirva a todas as situações, sendo necessário grande domínio das técnicas e metodologias para sua adaptação para cada Projeto.
Em vista disso, é necessária muita consistência na utilização de referencias teóricos para fundamentar a seleção e o desenho específico de cada metodologia.
Embora não sejam estudos acadêmicos, todos os trabalhos realizados pela Fato Pesquisa estão apoiados e fundamentados nas mais modernas e consagradas teorias disponíveis nas Ciências Sociais.
Nos estudos multidisciplinares é ainda mais evidente a necessidade de consistência do referencial teórico e metodológico. Além da coordenação de metodologias da área das Ciências Sociais é necessário responder a metodologias e referenciais teóricos de outras ciências, com linguagens distintas, tais como a biologia da conservação, a ecologia, a geologia e diversas outras.
A Fato Pesquisa emprega em seus trabalhos as melhores técnicas e ferramentas metodológicas utilizadas em estudos socioeconômicos, seja por demanda do cliente através de Termos de Referência, sejam propostas pela empresa. Sempre são elaborados projetos técnicos específicos antes de iniciar cada trabalho.
Ferramentas metodológicas e técnicas de pesquisa mais utilizadas:
Diagnósticos
O diagnóstico socioeconômico em alguns casos é focado em um grupo social ou situação específica que se pretenda estudar, a exemplo de cadastros de populações e atividades econômicas.
Outras vezes, o diagnóstico socioeconômico corresponde à construção de um cenário atual, englobando o estudo de diversos processos (sociais, de poder, culturais e econômicos) em múltiplos recortes geográficos, territoriais ou de populações.
Diagnósticos destinados a Estudos de Impacto Ambiental de grandes empreendimentos são exemplos a abrangência e do grau de complexidade a que podem chegar estes produtos.
São empregadas diversas ferramentas metodológicas para atender ao conjunto de demandas de estudo, que são analisadas em regiões compostas por diversos municípios, com frequência em mais de uma Unidade da Federação.
Os resultados dos estudos são organizados em capítulos que descrevem o cenário local do estudo, englobando:
Ou seja, toda uma grande região é descrita e analisada com o foco direcionado para o conhecimento da situação atual destas áreas, resultando em conclusões fundamentadas em conhecimento e informações que oferecem um amplo e aprofundado diagnóstico da região de estudo.
Análises socioeconômicas
As análises socioeconômicas partem dos diagnósticos realizados previamente e desenvolvem conclusões, generalizações, extrapolações e propostas. O objetivo é responder ao “problema de pesquisa”, isto é, às perguntas que são feitas à realidade sobre o tema que está sendo estudado.
As diretrizes utilizadas nestas análises derivam de referenciais teóricos bem determinados e disponíveis na bibliografia especializada, que precisam ser ajustados aos objetivos do Projeto específico ao qual se destina.
Exemplos de análises socioeconômicas que a Fato Pesquisa elabora são os trabalhos de planejamento para a gestão de recursos naturais e para o desenvolvimento econômico.
Nestes trabalhos o diagnóstico elaborado é tomado como subsídio para a análise da viabilidade e a proposição de ações direcionadas a propósitos específicos e à obtenção de resultados desejados.
Frequentemente as informações coletadas não respondem diretamente aos problemas de pesquisa propostos para análise. É necessária a mediação de um referencial teórico que oriente e organize as informações de forma eficaz, muitas vezes criando novas variáveis e indicadores especificamente para a análise.
Geralmente são elaboradas hipóteses explicativas que, para serem confirmadas ou negadas, devem ser consideradas na fase de diagnóstico, contemplando os estudos necessários, para que as questões analisadas possam ser respondidas adequadamente.
Prognósticos e cenarizações de futuro
Um tipo específico de análise socioeconômica é a que parte de um cenário atual e projeta tendências de evolução futura de processos que estão sendo analisados.
Neste caso, alguns resultados analíticos são modelados e projetados para horizontes temporais futuros, prognosticando-se os possíveis cenários que poderão se configurar neste horizonte e, com isso, analisando-se também desdobramentos alternativos, tanto desejados quanto indesejados.
A Fato Pesquisa realizou diversos prognósticos de evolução de demanda de recursos hídricos, os quais partem do cenário atual de demanda hídrica para abastecimento humano, industrial, para atividades rurais e irrigação, e analisa suas alternativas de evolução futura considerando curvas de crescimento (positivo ou negativo) demográficas e econômicas, cotejando os resultados com programas, projetos e intervenções previstas ou propostas.
Ou seja, são prognosticados cenários futuros tanto em termos qualitativos (desenho dos aspectos determinantes de cada cenário) quanto em termos quantitativos (estimativas de demanda para os principais usos dos recursos hídricos).
Nesta condição, a análise requer a mobilização de um referencial teórico mais abrangente que o utilizado no diagnóstico e nas análises sem cenarizações, pois deve considerar o comportamento de todo o ambiente envolvente e permitir a análise de diversas hipóteses de continuidade dos processos específicos estudados frente aos processos mais gerais na qual estão inseridos.
Programas sociais e socioambientais
Os diversos tipos de planejamento se materializam em programas e projetos executivos, que partem das diretrizes de ação apontadas pelas análises e as transformam em objetivos concretos.
A partir dos objetivos, os programas aprofundam as condições legais, institucionais e técnicas que devem ser obedecidas, detalhando quais os procedimentos que devem ser adotados e as metodologias que devem ser utilizadas na execução destes procedimentos.
Geralmente, os programas são organizados em grupos (componentes) e são formados por ações ou atividades específicas. Cabe ao trabalho de elaboração dos programas a proposição e o detalhamento destas ações, prevendo responsáveis, custos e prazos envolvidos.
A Fato Pesquisa elabora e também executa programas sociais e socioambientais, organizando, treinando e coordenando equipes, além de produzir relatórios e administrar operacionalmente as ações previstas.
Os programas socioambientais atualmente estão presentes em praticamente todos os processos de intervenção, seja os de construção de infraestruturas rodoviárias, de energia ou qualquer outra, seja em ações de regularização fundiária e outros projetos urbanos e rurais.
A demanda por estes programas surgiu de resultados negativos registrados em intervenções que não consideravam o entorno social nas quais se inseriam.
Tanto na área pública, quanto nos investimentos privados, o desenvolvimento de programas sociais e socioambientais não apenas evitam efeitos negativos indesejados, mas também potencializam resultados buscados, tais como a aceleração dos cronogramas e a redução das ações judiciais envolvidas nestes processos.
Programas sociais passaram a se tornar indispensáveis com o recente desenvolvimento do terceiro setor e a incorporação da responsabilidade social e ambiental ao escopo de atuação institucional de empresas e outras organizações.
A exigência metodológica e técnica para o desenvolvimento destes programas, que para ser eficaz deve estar presente desde sua concepção, também está aumentando, tendo em vista o aprendizado social e a grande capacidade de mobilização contrária que a população afetada pelas intervenções dispõe atualmente.
Metodologias participativas e capacitações
Nos processos de planejamento a Fato Pesquisa domina e implementa recursos metodológicos que promovem a efetiva participação tanto dos atores sociais envolvidos, quanto de outros públicos de interesse tais como estudiosos, representantes de instituições, formadores de opinião.
A Fato Pesquisa domina e também desenvolve, formulações teóricas e procedimentos analíticos que possibilitam organizar e analisar os resultados dos processos participativos e sua contribuição para os objetivos do projeto ou estudo.
De forma concomitante ou em eventos específicos estas metodologias também se aplicam à capacitação de atores sociais. Processos de planejamento, em geral, requerem o entendimento e a participação efetiva de certos atores estratégicos que, muitas vezes, necessitam ser capacitados para tal.
Atualmente é importante o conhecimento das opiniões e dos posicionamentos dos públicos-alvo de estudos, obras e programas, principalmente quando há conflitos e oposição de parte destes públicos.
A participação dos públicos-alvo em um projeto ou estudo é uma garantia de qualidade dos resultados finais e representa um procedimento indispensável para a legitimação e transparência destes resultados.
Técnicas de moderação de grupos focais ou procedimentos de Planejamento Participativo Direcionados para Resultados, tais como a metodologia ZOPP, SWOT e Planejamento por Agendas Estratégicas, entre outras disponíveis, constituem um repertório de ferramentas cada vez mais utilizado.
Entretanto, a condução de processos participativos não se resume a eventos de aplicação de metodologias e registro de resultados. Previamente, a cuidadosa preparação, planejamento e divulgação dos eventos é tão importante para a transparência e qualidade dos resultados, quanto as análises realizadas a partir dos registros obtidos.
A condução de metodologias participativas e as informações produzidas através desses processos, muitas vezes, não respondem diretamente aos objetivos do projeto ou estudo. É necessária base teórica e domínio pleno das metodologias para transformar os resultados dos processos participativos em contribuições efetivas, necessitando serem analisados e compreendidos no contexto socioeconômico e cultural mais amplo que a simples leitura das falas e demais subsídios coletados.
O confronto entre os resultados dos processos participativos e os resultados de estudos técnicos socioeconômicos também não permite, muitas vezes, estabelecer relações diretas, pois possuem níveis de detalhamento e lógicas de organização muito distintas.
Assim, a integração entre estudos técnicos e processos participativos requer um esquema teórico e metodológico consistente e direcionado tanto aos objetivos do trabalho quanto às características do público-alvo ou dos atores sociais envolvidos no processo.
Consultorias socioeconômicas
A consultoria socioeconômica geralmente está voltada a demandas específicas de projetos em áreas diversificadas, tanto setorialmente quanto tematicamente, exigindo abordagens distintas de públicos e processos sociais.
Assim, é demandado, além de conhecimento técnico e teórico, experiência e criatividade para promover as soluções tecnológicas de estudo e de intervenção.
Situações específicas geram demandas também específicas, tais como:
Os produtos mais frequentes e suas aplicações em estudos mercadológicos, institucionais, de opinião pública ou de meio ambiente nem sempre atendem à gama de demandas e situações que se apresentam em estudos e projetos nas mais variadas áreas.
As consultorias socioeconômicas especializadas estão amparadas em duas bases. A primeira é a experiência, não apenas no desenvolvimento de produtos técnicos, mas também na mobilização institucional e social que está relacionada ao projeto ou estudo, nas dificuldades administrativas e operacionais e nas potencialidades de mobilização de contribuições externas à equipe contratada.
Esse tipo de experiência é obtido através de desafios crescentes e do atendimento de condições particulares de projetos e estudos, sejam eles mais complexos, sejam eles mais sensíveis a aspectos políticos e institucionais que extrapolam o domínio técnico do processo.
A outra base das consultorias socioeconômicas especializadas é a criatividade ou a capacidade de desenvolver, mesmo que de forma artesanal e específica para cada situação, soluções adequadas às exigências técnicas, mas também às limitações e oportunidades institucionais, sociais, culturais que cercam o projeto ou estudo.
O atendimento à diversidade de produtos e áreas de trabalho requer formas de atuação flexíveis e adaptadas às condições de execução dos Projetos.
A Fato Pesquisa dispõe de condições de executar integralmente projetos em sua área de atuação, mesmo que isso demande a agregação de profissionais de outras áreas, tais como da biologia, ecologia, especialidades da economia, entre outras disciplinas técnicas. Dispõe de uma estrutura de funcionamento enxuta e flexível, podendo acomodar pelo tempo que for necessário equipes diferenciadas e suas demandas de equipamentos e de trabalho.
Em diversos projetos, principalmente grandes projetos de planejamento ou estudos mais abrangentes, a Fato Pesquisa também atua compondo equipes multidisciplinares, coordenando áreas ou realizando partes específicas de projetos.
A manutenção de equipes internas permanentes nem sempre é uma opção adequada para empresas que atuam com foco em áreas de mercado, comunicação ou engenharia. Para estas empresas a Fato Pesquisa desenvolve partes de estudos ou mesmo coordena estudos completos compartilhando, se for o caso, a estrutura e os recursos da empresa contratante.
Esta forma de atuação requer comprometimento com os objetivos do trabalho e uma conduta ética, profissional e transparente, consolidando a relação de confiança que assegura resultados finais melhores, mais ágeis e mais baratos.
Em sua trajetória a Fato Pesquisa vem estabelecendo diversas parcerias com empresas de meio ambiente, de engenharia e de consultoria econômica, com atuação em áreas complementares e também na mesma área, mas com expertises diferenciadas.
Atualmente a proposição de parcerias em projetos é muito empregada, exigindo competência e confiabilidade para que sejam compartilhadas equipes, estruturas e resultados.
A Fato Pesquisa tem sua atuação estruturada sob a responsabilidade técnica de seu diretor, Sociólogo Eduardo Antonio Audibert.
Todos os trabalhos realizados pela Fato Pesquisa contam com sua participação e supervisão direta e é dele grande parte do conteúdo produzido em seus relatórios e produtos.
Eduardo Antonio Audibert possui graduação em Ciências Sociais (1989) e doutorado em Sociologia (2005) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Atua em pesquisas socioeconômicas desde 1986 e tem grande experiência nas áreas de Sociologia, projetos de pesquisa social, estudos socioeconômicos e consultoria na área de Meio Ambiente.
Foi sócio diretor da Meta Instituto de Pesquisa de Opinião no período de 1991 a 1998 tendo realizado diversos trabalhos entre os quais se destaca a coordenação da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre no período de 1992 a 1996, para a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul e o DIEESE.
Lecionou por um breve período disciplinas de metodologia de pesquisa na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos e mantém até o presente, ainda que sem vínculo formal, proximidade com a produção acadêmica, condição para manter-se atualizado com a produção científica mais recente.
Atualmente, além de coordenar projetos na Fato Pesquisa, compõe e coordena equipes multidisciplinares em parceria com outras empresas.
O currículo do Sociólogo Eduardo Antonio Audibert está disponível na Plataforma Lattes
Os dilemas atuais da preservação através de áreas protegidas, estudados pelo Sociólogo Eduardo Antonio Audibert em sua tese de doutorado, se dividem em dois espaços físicos e de relacionamento distintos.
No espaço interno protegido da unidade de conservação a presença humana representa um fator de degradação quando não controlada adequadamente. No espaço externo do entorno imediato da unidade, a preservação não conta com o mesmo status de proteção, geralmente não ocorrendo adequadamente e em alguns casos representando uma ameaça ao espaço interno preservado.
Estes dilemas devem ser analisados na perspectiva das diferentes formas que os atores sociais se referenciam para orientar sua ação frente a eles, ou seja, na forma como elaboram suas representações sociais (esquemas simbólicos de compreensão e operação social da realidade) do que é “preservação”, “natureza” e a “relação entre sociedade humana e natureza”.
Verifica-se que há uma recíproca “externalização” da preservação de parte dos atores sociais envolvidos com as áreas protegidas. De um lado, os atores peritos (responsáveis pela proposição e gestão de áreas protegidas), por não admitirem a presença humana como parte da natureza, entendem que é impossível haver preservação fora de áreas protegidas, restringindo ou mesmo inviabilizando qualquer espaço de negociação e de relacionamento com o entorno imediato.
De outro lado, os atores locais, residentes no entorno imediato destas áreas, constroem sua representação de preservação como possível apenas dentro de áreas protegidas, descomprometendo-se com ações preservacionistas em espaços ocupados pela sociedade.
O resultado disso é o estabelecimento de grandes obstáculos para o desenvolvimento de ações de manejo que incorporem a cooperação e a iniciativa dos atores locais, condenando as áreas protegidas a um grande isolamento e fragmentação, tanto em termos físicos quanto em termos de relacionamento, com consequências políticas e institucionais muito relevantes.
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